Depois da despedida "emocionada", a farsola repugnante com que José Sócrates brindou os portugueses no domingo passado via teleponto, hoje foi a vez da mensagem interna ao partido: "O secretário-geral cessante do PS, José Sócrates, despediu-se hoje da Comissão Nacional do PS com uma mensagem curta mas emotiva, dizendo para os dirigentes socialistas "eu adoro-vos". Jornal Sol
Não é de chorar a rir? "Adoro-vos" meus queridos. Agora adeus! Aguentem-se à bronca! Bye. Só mesmo neste país da treta é que um Primeiro-Ministro que causou o caos político, social e económico se demite e despede com esta ligeireza das suas funções, desresponsabilizando-se moral, política e quem sabe, a exemplo de outros países, criminalmente do passado recente e das suas acções que muito contribuíram e foram o ponto de partida para o estado de degradação a que chegámos.
É certo que não é costume julgarmos os políticos pelas suas acções mas ia sendo altura de o fazermos, dar o exemplo para não arriscar um novo Sócrates nos próximos 100 anos, o mesmo tempo que precisamos de recuar para vislumbrar uma crise desta dimensão.
"O antigo Primeiro-Ministro islandês Geir Haarde está hoje em tribunal, acusado formalmente de ter contribuído para a crise, ao não conseguir evitá-la, e de ter falhado nos seus deveres para lidar com as consequências ( ...) O ex-líder do Executivo islandês rejeita todas as acusações. No entanto, se for considerado culpado, pode ser condenado a uma pena de prisão, salienta a Associated Press. (...) O Parlamento da Islândia, em Setembro passado, acusar formalmente Geri Haarde por ter alegadamente fracassado no dever de ter evitado a crise de 2008. Esta crise gerou uma forte contestação social no país e fez cair o governo (...) Negócios Online
Este senhor islandês também nacionalizou bancos, foram 3 no total, falava de recursos verdes, do mar e do capital humano (onde é que eu já ouvi isto) para superar um colapso financeiro que levou o país à bancarrota. "Ficaremos bem, comeremos aquilo que pescaremos" - dizia esta figurinha na altura até o povo islandês o atirar ao charco.
Lei n.º 34/87, de 16 de Julho CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE TITULARES DE CARGOS POLÍTICOS, CAPÍTULO II - Dos crimes de responsabilidade de titular de cargo político em especial, Artigo 7.º - Traição à Pátria: "O titular de cargo político que, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou COM GRAVE VIOLAÇÂO DE INERENTES DEVERES, ainda que por meio não violento nem de ameaça de violência, tentar separar da Mãe-Pátria, ou entregar a país estrangeiro, ou submeter a soberania estrangeira, o todo ou uma parte do território português, ofender OU PUSER EM PERIGO A INDEPENDÊNCIA DO PAÍS será punido com prisão de dez a quinze anos."
Por mim, a provar-se o desvio de funções e a grave violação de inerentes deveres, dado que a independência do país já é um passado, agora que somos reféns de entidades externas, iam todos de cana. Um a um. A começar pelo "chefe". Férias sim, mas na prisão se preciso for para que isto não se volte a repetir. Chega de gozarem com o povo português. Deviam ser todos julgados e punidos severamente. Tiago Mesquita (www.expresso.pt)
8:00 Quarta feira, 8 de junho de 2011
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