sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Frigorifico sem electricidade

refrigeramento

Pegue um vaso grande de barro e coloque um outro vaso mais pequeno dentro deste. Preencha o espaço entre os dois vasos com areia molhada e tampe o sistema com um pano húmido, coloque dentro do vaso menor o que deseja armazenar e pronto. (veja figura acima)

Foi assim que um professor nigeriano, Mohammed Bah Abba, construiu um frigorifico e que não precisa de electricidade.

Fisicamente falando o sistema de refrigeração utiliza um processo conhecido como refrigeração por evaporação onde ao evaporar (lembre-se que a evaporação é um processo endotérmico) a molécula de água rouba calor da sua redondeza e refresca o ambiente. A única exigência é que o “refrigerador” fique num ambiente ventilado e seco para permitir uma evaporação mais eficiente.

Este sistema de refrigeração é usado pelo nosso organismo no processo de transpiração, ou seja, quando nossa temperatura corpórea sobe para além do limite tolerado nosso organismo secreta um líquido (suor) cujo objetivo principal é arrefecer.

Sabia que ...

Os CDs foram concebidos para comportar 74 minutos de musica porque essa é a duração da Nona Sinfonia de Beethoven.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

"Corrupção tornou País mais pobre" Maria José Morgado concorda com petição lançada pelo CM. “É preciso mais rigor no controlo da riqueza”, afirma.


Correio da Manhã – Concorda com a petição lançada pelo ‘CM’?

Maria José Morgado – Concordo. Corresponde às recomendações da Convenção da ONU e, além disso, responde à exigência de maior rigor no controlo da riqueza dos titulares de cargos políticos e no controlo das contas públicas.

– A ausência da criminalização do enriquecimento ilícito prejudica o combate ao fenómeno?

– Ninguém pode dar respostas a isso. O que temos de definir é se queremos ter maior capacidade de ataque à corrupção, ou se queremos um combate mais fraco. Aí escolhemos ter institutos com menor força.

– Nesse caso será importante combater o enriquecimento.

– É muito importante o confisco dos bens ilegitimamente adquiridos, mas também criar mecanismos que facilitem a prova de aquisição por interposta pessoa, tendo em conta a camuflagem que é oferecida pela quantidade de off-shores que existem.

– A proliferação de off-shores acabou por ser o maior entrave no combate ao fenómeno?

– É um muro em que batemos se não soubermos obter a cooperação internacional. E é preciso ter atenção que muitas vezes os off-shores estão no nosso País. São meras caixas postais, em Lisboa ou arredores.

– A distinção entre corrupção para acto ilícito e para acto lícito na sua opinião faz sentido?

– Não se justifica, mas a questão volta a ser o que queremos de política criminal. Se queremos a política tradicional mantemos, se não teremos de alterar.

– Na sua opinião, a corrupção tem minado o País?

– A corrupção enfraqueceu-nos nos últimos 25 anos. Tornou o País mais pobre, aumentou os custos dos serviços públicos, enfraqueceu o Estado. Toda a criminalidade usa a corrupção. A fraude, o terrorismo, o crime organizado andam de mãos dadas com a corrupção.

– Ainda é possível mudar este estado de coisas?

– A justiça penal não faz tudo. Esta é uma guerra prolongada, se não desistirmos melhoramos.